A palavra-chave principal “NR-1 adiada” concentra um tema cada vez mais relevante nas relações de trabalho: a inclusão da saúde mental como parte das normas de segurança e saúde ocupacional. Com a recente decisão do governo federal de postergar a vigência da nova NR-1 para maio de 2026, surgem dúvidas, críticas e oportunidades. Entenda neste artigo o que motivou o adiamento, quais os impactos e o que está sendo feito para garantir uma transição mais segura e eficaz.
O que significa o adiamento da NR-1?
O adiamento da NR-1, anunciado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 14 de abril de 2025, prorroga por 12 meses a entrada em vigor da nova redação da norma, originalmente prevista para 26 de maio de 2025. A medida foi tomada após pedidos de empregadores e trabalhadores por mais tempo para adaptação, diante da complexidade dos novos requisitos.
A nova redação da NR-1, que trata da gestão dos riscos psicossociais no trabalho, teve sua vigência adiada para maio de 2026. O adiamento atende a pedidos de transição mais segura e será acompanhado por ações de suporte do governo.
Por que a NR-1 foi adiada?
A decisão de adiar a NR-1 decorre de uma série de preocupações levantadas por empresas e sindicatos, como:
- Falta de clareza técnica e jurídica sobre os novos requisitos.
- Insegurança sobre as obrigações legais relacionadas à saúde mental.
- Preocupações com os custos operacionais e investimentos necessários.
- Necessidade de tempo adicional para capacitação e estruturação de processos internos.
Enquanto isso, especialistas em saúde do trabalho alertam que a medida pode representar um retrocesso, considerando os mais de 470 mil afastamentos por transtornos mentais registrados no Brasil em 2024.
O que muda com a nova NR-1?
A nova NR-1 passa a tratar riscos psicossociais com o mesmo grau de importância dos riscos físicos e químicos. Entre os principais pontos da norma, destacam-se:
- Obrigatoriedade de mapear fatores de risco como estresse crônico, assédio moral e Burnout.
- Inclusão desses fatores nos programas de gestão de riscos ocupacionais (PGR).
- Necessidade de ações de prevenção, mitigação e acompanhamento dos impactos à saúde mental.
Como o adiamento da NR-1 impacta os trabalhadores?
Para os trabalhadores, o adiamento pode ter efeitos ambíguos:
- Por um lado, amplia o prazo para que empresas se adequem, reduzindo riscos de descumprimento ou improvisações.
- Por outro, posterga a fiscalização efetiva sobre temas críticos como assédio moral e Burnout, mantendo lacunas de proteção.
Auditores fiscais ressaltam que as obrigações já existiam em outras normas, e agora, com a nova NR-1, passam apenas a ser formalmente fiscalizadas.
Quais são as ações do governo para apoiar a implementação?
O governo federal anunciou três frentes de apoio à implementação da nova NR-1:
- Guia oficial para gestão de riscos psicossociais, com orientações práticas.
- Manual técnico detalhado, a ser publicado em até 90 dias.
- Criação de um Grupo de Trabalho Tripartite (GTT), com participação de governo, empresas e trabalhadores.
Essas medidas têm como objetivo reduzir a insegurança técnica e jurídica, e promover um ambiente de cooperação para a aplicação da norma.
Como as empresas reagiram ao adiamento da NR-1?
A reação empresarial foi majoritariamente favorável ao adiamento, por motivos como:
- Necessidade de revisão de políticas internas e treinamentos.
- Avaliação de custos e impactos operacionais.
- Falta de modelos consolidados de boas práticas sobre o tema.
Entidades representativas do setor produtivo apontaram que o novo prazo permitirá um planejamento mais responsável e eficaz.
Quais os benefícios esperados da NR-1 para a saúde mental?
Apesar do adiamento, os benefícios estruturais da nova NR-1 permanecem relevantes. Entre eles:
- Redução dos afastamentos por transtornos mentais.
- Melhoria do clima organizacional e da produtividade.
- Promoção de ambientes de trabalho mais saudáveis, inclusivos e resilientes.
Ao tratar a saúde mental como parte da segurança no trabalho, a norma reforça a responsabilidade legal e ética das organizações.
Conclusão
O adiamento da NR-1 para 2026 oferece mais tempo para adaptação, mas também impõe o desafio de não perder o foco. A inclusão da saúde mental no escopo das normas de segurança do trabalho é um passo essencial para modernizar as relações laborais e enfrentar uma das maiores causas de afastamento no país. A hora é de preparar terreno — com clareza, diálogo e responsabilidade.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Por que a NR-1 foi adiada?
A NR-1 foi adiada para 2026 para permitir uma transição mais segura e estruturada, atendendo pedidos de empregadores e trabalhadores diante da complexidade técnica da norma.
O que são riscos psicossociais no trabalho?
São fatores como estresse, assédio moral e Burnout que afetam a saúde mental dos trabalhadores e devem ser gerenciados como qualquer outro risco ocupacional.
A nova NR-1 já estava em vigor?
Não. A entrada em vigor da nova redação estava prevista para maio de 2025, mas foi adiada para maio de 2026.
O que o governo está fazendo para apoiar a implementação?
O governo lançará um guia prático, um manual técnico e criou um grupo de trabalho tripartite para orientar a aplicação da norma.
Quais são os impactos para as empresas?
As empresas ganham tempo para se preparar, mas precisarão revisar políticas e práticas, integrar a saúde mental à gestão de riscos e capacitar equipes.
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